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A MOBILIDADE ELÉTRICA E OS 3Ds

A MOBILIDADE ELÉTRICA E OS 3Ds

 

 A Mobilidade Elétrica tem desafios bastante complexos que vão desde a recarga do Veículo Elétrico-VE até o valor do investimento, seja para uso doméstico ou para uso corporativo. As tendências mostram uma quebra de paradigma e uma ruptura de previsões nos últimos dois anos. No início de 2019 realizamos um estudo que apontava para curva ascendente de adoção dos VEs até 2030. Passados quase dois anos refizemos a projeção e o cenário se mostrou muito mais agressivo, quebrando os cálculos e trazendo para uma realidade de antecipação em pelo menos cinco anos.

 

Essa perspectiva vem com a crescente demanda de iniciativas ligadas a área de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), que reflete não só no status quo das ações da empresa no mercado, mas também na exigência de um público cada vez mais atento à sustentabilidade do planeta. Nesse ponto, nos referimos claramente aos GEE-gases de efeito estufa, que colaboram para as mudanças climáticas, como por exemplo, o aumento da temperatura global.

 

Em nossas diversas interações com nossos clientes e parceiros, observamos cada vez mais latente o interesse sobre o tema e não podemos deixar de elencar os 3Ds – Descarbonização, Descentralização e Digitalização no mundo da sustentabilidade ambiental. O tema acima remete a uma outra reflexão, mas para sintetizar: a Descarbonização é a realização de projetos que venham a reduzir a emissão de gases de efeito estufa; a Descentralização reflete iniciativas que venham utilizar energia de fontes renováveis e limpas; e, a Digitalização é como utilizamos os dados para que possam nos ajudar a entender tendências e preparar para o porvir.

 

Segundo o Líder Global de Energia da EY-Ernest Young, Benoit Laclau, “Uma revolução no setor de energia está gerando uma mudança rápida em energia renovável com suporte de tecnologias digitais, a queda do custo de armazenamento de bateria e consumidores “antenados”. A matriz energética seguirá transformando nosso mundo onde a eletricidade gerada de forma limpa irá fornecer energia para quase todos os aspectos de nossas vidas”.(https://www.ey.com/en_gl/news/2019/07/decarbonization-digitization-and-decentralization-are-accelerating-the-countdown-to-a-new-energy-world-faster-than-expected).

 

Um exemplo da descentralização são alguns dados fornecidos pela ABSOLAR-Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica: mais de 8GW operacionais desde 2012 com uma redução de CO2 na casa 8.3 milhões de toneladas. Juntas com as outras energias de fontes renováveis a contribuição para a matriz energética Brasileira já é de 19.8%. (https://www.absolar.org.br/mercado/infografico/).

 

Segundo Sergio Jacobsen, Vice Presidente Sênior da Operating Company Smart Infrastructure, da Siemens Brasil, hoje na geração de energia, estamos assistindo no Brasil a uma grande quebra de paradigma, com a inserção na matriz energética de fontes renováveis – Eólicas e Solar – descentralizadas.

(https://new.siemens.com/br/pt/empresa/stories/energia/digitalizacao-revoluciona-sistema-energetico-brasileiro.html).

 

E na Mobilidade Elétrica? Simples, com qualquer sensor conhecido no mundo da engenharia, precisamos ler os dados para análise, predição e prescrição. Quando tocamos nesse aspecto, falamos de IoT (sigla em Inlgês para Internet of Things) ou “Internet das coisas”, e nos referimos a um cabedal de dados digitais, que precisam ser depurados para análise, e, na sequência, tomada de decisão. Até aqui nenhuma novidade, porém todas essas informações precisam ser conectadas aos outros “Ds” e, quando conseguimos, podemos extrapolar o uso da mobilidade de “ser sustentável” para “ser economicamente sustentável”. Um exemplo que podemos ilustrar foi como a Tesla conseguiu, através de ferramentas como esta, vender no mercado os créditos de carbono excedentes, que ajudaram no balanço positivo da empresa.

 

Como reflexão final, a nova geração de consumidores está antenada e ligada a produtos “Carbono Zero”, as empresas estão atentas a essas novas tendências e a Mobilidade Elétrica terá um papel de protagonismo nessa revolução tecnológica, não somente contribuindo para o meio ambiente, mas gerando empregos de forma sustentável e possibilitando novas formas de receitas que ainda nem percebemos.

 

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